Da oralidade à escrita: análise da violência institucional na retextualização dos depoimentos em fase de inquérito policial

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.70365/2764-0779.2024.77

Palabras clave:

Violência Institucional, Narrativas orais, Peças cartorárias, Depoimento audiovisual

Resumen

A questão tratada neste artigo relaciona-se com marcas de subjetividade,
ideologias estigmatizantes e violência institucional impressas no enunciado escrito quando da retextualização dos depoimentos em fase de inquérito policial. A hipótese defendida é de que há uma manipulação (consciente ou inconsciente) no resultado da passagem da narrativa oral para o texto escrito, tendo em vista a interiorização de aprendizados adquiridos no ambiente de convívio profissional, fomentadores de violência institucional. O problema em análise se relaciona com a forma como as dinâmicas culturais e ideológicas interferem na apuração de autoria e no controle do crime no contexto institucional brasileiro. Verificada a possibilidade de influência ideológica e violência institucional na retextualização, argumenta-se que na adoção do modelo de depoimento audiovisual pela Polícia Judiciária é possível reduzir este fenômeno, bem como minimizar outras formas de violência, tais como vitimização e revitimização das partes. Defende-se ainda, que o depoimento audiovisual contribuirá com a precisão, a celeridade e a transparência do conteúdo das declarações, permitindo assim a evolução da investigação criminal como um todo.

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Publicado

2024-07-10

Cómo citar

TIMÓTEO, Renata de Oliveira. Da oralidade à escrita: análise da violência institucional na retextualização dos depoimentos em fase de inquérito policial. Avante: Revista Académica de la Policía de Minas Gerais, [S. l.], v. 1, n. 6, p. 89–104, 2024. DOI: 10.70365/2764-0779.2024.77. Disponível em: https://revistaavante.policiacivil.mg.gov.br/index.php/avante/article/view/77. Acesso em: 24 apr. 2025.