Comparação de parâmetros construtivos para autenticidade de relógios Rolex

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70365/2764-0779.2025.134

Palavras-chave:

Rolex, Comparação forense, Fluorescência por raio-X, Rastreamento por imagem, Aplicação de logomarca, Autenticidade

Resumo

A propriedade intelectual (PI) é um dos pilares da indústria de relógios de luxo e funciona protege a inovação, a autenticidade e o valor agregado das marcas. No caso da Rolex, o valor dos relógios transcendem a função de marcação do tempo e agregam, além do valor monetário, status e herança cultural. Esse valor agregado faz do relógio da Rolex uma peça que transita pelo mercado informal e o torna suscetível a falsificação. Apesar das metodologias de verificação de autenticidade, tem-se que informações constritivas da Rolex são protegidas por segredo industrial. Neste aspecto, o objetivo do presente relato é comparar características construtivas que permitam excluir a hipótese de originalidade de relógios Rolex. Realizou-se um estudo de caso comparativo entre duas amostras com análise qualitativa e quantitativa. As características analisadas foram: (1) a composição elementar de materiais externos por Fluorescência por Raio-X; (2) a análise indireta do mecanismo através do rastreamento do movimento mecânico do ponteiro por processamento digital de imagem; e (2) a análise da qualidade da aplicação de logomarca. Na comparação notou-se que uma das amostra apresentava característica da composição dos metais compatíveis com o especificado pela Rolex. Em relação ao mecanismos, a medição permitiu concluir que os mecanismos são distintos e a aplicação de marca de uma das amostras foi divergente em no mínimo 9%. Em um protocolo de comparação sugere-se que a inferência de não originalidade seja baseada em parâmetros mensuráveis em características internas e externas sempre tomando como referência as informações divulgadas pelo fabricante.

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Biografia do Autor

  • Adelino Pinheiro Silva, Academia de Polícia Civil de Minas Gerais

    Adelino Pinheiro Silva é bacharel (2004), mestre (2007) e doutor (2020) em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais; capacitado (2009) em Fonética Forense junto a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Editor da Revista Brasileira de Criminalística, da Revista Criminalística e Medicina Legal e da Revista Avante. Compõe o corpo docente e a coordenação do Curso de Gestão em Segurança Pública e Inteligência Aplicada (GESPIN) e atua no Setor de Perícias em Áudio e Vídeo no Instituto de Criminalística de Minas Gerais, onde realiza exames técnicos e pesquisas.

  • Lívia Fontes Prado Miyamoto, Polícia Civil de Minas Gerais

    Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004) e atuou em diversas áreas da fisioterapia. Desde 2006 é Perito Criminal da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e atuou de 2006 a 2009 na Delegacia Regional de Araxá, de 2009 a 2016 na Seção Técnica de Perícias de Papiloscopia e Modelagem do Instituto de Criminalística e atualmente trabalha na Seção Técnica de Documentoscopia do Instituto de Criminalística. Pós-graduada em Segurança Pública e Justiça Criminal pela Fundação João Pinheiro (2014). Pós-graduada em Perícia Judicial e Documentoscopia Avançada (2021). Desde 2013, é professora da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais nas áreas de Criminalística, Papiloscopia e Documentoscopia. Professora convidada de Papiloscopia em curso de pós-graduação de Odontologia Legal da PUC-MG (Desde 2013)

  • Áurea Helena Lima Zuin, Polícia Civil de Minas Gerais

    Possui mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais(1998). Atualmente é Professor da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais. Tem experiência na área de Medicina Veterinária.

  • Washington Xavier de Paula, Polícia Civil de Minas Gerais

    Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999). Doutorado (2004) e Pós-Doutorado (2006) em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é Perito Criminal da Polícia Civil de Minas Gerais. Foi Professor de Química Inorgânica na Faculdade Pitágoras. Professor de Química Forense na Academia de Polícia Civil. Tem experiência na área de química bioinorgânica e química forense, principalmente nos seguintes temas: ciclodextrinas, dispositivos de liberação controlada de fármacos, análise de drogas de abuso e resíduos provenientes de disparos de arma de fogo. 

  • Isabela Linhares de Oliveira, Polícia Civil de Minas Gerais

    Graduada em Fisioterapia. Pós-graduada em Desenvolvimento Humano de Gestores (MBA) e em Perícia Judicial e Documentoscopia Avançada (Especialização). Em 2006 ingressou como servidora efetiva no cargo de Perito Criminal da Polícia Civil de Minas Gerais, atuando na área especializada em exames grafotécnicos e documentoscópicos desde 2010. Desde 2017 exerce a função de chefe da Seção Técnica de Documentoscopia do Instituto de Criminalística de Minas Gerais.

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Publicado

09-07-2025

Declaração de Disponibilidade de Dados

Informa-se que parte das rotinas utilizadas para fazer as análise será publicada e atualizada no endereço https://github.com/adelinocpp/tracking_second_hand_wristwatch.

Como Citar

SILVA, Adelino Pinheiro; MIYAMOTO, Lívia Fontes Prado; ZUIN, Áurea Helena Lima; PAULA, Washington Xavier de; OLIVEIRA, Isabela Linhares de. Comparação de parâmetros construtivos para autenticidade de relógios Rolex. Avante: Revista Acadêmica da Polícia de Minas Gerais, [S. l.], v. 1, n. 8, 2025. DOI: 10.70365/2764-0779.2025.134. Disponível em: https://revistaavante.policiacivil.mg.gov.br/index.php/avante/article/view/134. Acesso em: 17 jul. 2025.